John Ford, EUA, 1958, 110’
FOTOGRAFIA: Paul C. Vogel
MÚSICA: Jeff Alexander
MONTAGEM: Genne Ruggiero
ARGUMENTO: Frank Fenton, William Wister Haines (Baseado na vida e textos do Comandante Frank W. Wead)
COM: John Wayne, Maureen O'Hara, Dan Dailey, Ward Bond, Ken Curtis, Edmund Lowe, Kenneth Tobey
"Em A ÁGUIA VOA AO SOL, a personagem de Ward Bond sou eu próprio."
"Não tenho um método para dirigir actores. Digo-lhes o que é preciso fazer. E eles fazem-no. Se não estou satisfeito, corrijo os erros, digo-lhes para elevar a voz ou para insistir nesta ou naquela frase e eles recomeçam. É só. Por outro lado, a maior parte do tempo, os actores são grandes amigos meus e eu conheço o seu carácter e as suas responsabilidades. Mas isso não implica que haja um método."
"Interesso-me por todas as boas histórias. Não reflicto para saber se são ou não histórias do passado. Adoro estudar a história dos países e das raças."
"É preciso ter cuidado com os movimentos de câmara. Todos os jovens, quando começam, querem fazer truques insanos com a câmara. Isso não serve para nada. A découpage mais simples é a mais eficaz. Um campo e depois um contracampo. É preciso perder mais tempo com os diálogos e com os actores do que com a câmara. Qualquer pessoa pode imaginar um movimento de câmara muito difícil. Mas, pelo contrário, muito poucos conseguem obter o mesmo espírito entre um plano de conjunto e um grande plano, a mesma continuidade de emoção."
"Nunca utilizei uma grua. É um horror. Quando me perguntam porque é que eu quase não mexo a câmara, eu respondo que é porque os actores são mais bem pagos que os técnicos e maquinistas. Por isso é normal que eles trabalhem e se desloquem um pouco mais. Nunca foi precisa astúcia técnica para obter emoção."
John Ford, POSITIF, nº82, pp 7 a 22, 1967
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